Cheios de verdades absolutas, ateus levam no cerne uma certeza que nunca tive. Sob certo aspecto, na verdade, eu os invejo. Mas relaxe um pouco, baby. Vamos sentar num bar, tomar uma, falar sobre sexo, política e futebol e aí jamais o meu Deus e o seu Darwin entrarão num duelo de facas. A minha fé e a tua intolerância não precisam ser sinônimos de ignorância.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
PAI, PERDOA-OS!
Cheios de verdades absolutas, ateus levam no cerne uma certeza que nunca tive. Sob certo aspecto, na verdade, eu os invejo. Mas relaxe um pouco, baby. Vamos sentar num bar, tomar uma, falar sobre sexo, política e futebol e aí jamais o meu Deus e o seu Darwin entrarão num duelo de facas. A minha fé e a tua intolerância não precisam ser sinônimos de ignorância.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O fim de uma odisseia (e o provável começo de outra)
Aviso prévio: este texto foi, na verdade, um exercício prático realizado hoje na aula de Oficina de Jornal Impresso 3. Não esperem grande embasamento teórico: é apenas um editorial de no máximo 20 linhas (que devo ter extrapolado, aliás).
Há quase 10 anos, este homem mostrou ao mundo a que veio. Hoje, foi anunciada sua morte. Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda e responsável pelo atentado terrorista que levou abaixo o World Trade Center e deixou mais de 3 mil mortos, foi capturado e executado nesta madrugada no Paquistão, por forças americanas, e sua morte suscita discussões tão polêmicas quanto sua própria vida o foi.
O comunicado foi proferido pelo próprio presidente americano, Barack Obama, cuja gestão herdou a guerra ao terrorismo declarada por seu antecessor, George W. Bush, e vinha carecendo de identidade política desde que a euforia por sua eleição – e suas implicações para uma nação historicamente segregada – cessou.
Obama demonstrou-se, desde o começo de seu mandato, incapaz de manter as posições firmadas com tanta veemência em sua campanha, como ilustra o caso da prisão de Guantánamo. Sua gestão vem sendo marcada por concessões que maculam a difundida tenacidade dos Estados Unidos. Somando a isso o fato de que a nação cujas rédeas tomou ainda sofria com o impacto do 11 de Setembro, que colocou em xeque o nacionalismo e credibilidade do país diante do resto do mundo; e com a maior crise econômica desde 1929, a popularidade que lhe foi tão preciosa enquanto candidato sofreu um considerável abalo.
Eis que, numa junção de útil e agradável que mais parece presente dos céus, os homens de Obama acabam com a vida do inimigo número um dos Estados Unidos da América. Sem dúvidas, foi a morte mais oportuna da década, ao menos para o já não tão popular e carismático Barack. A morte de Bin Laden simboliza não o fim do terrorismo, mas a renovação dos ânimos dos compatriotas do Tio Sam – e do presidente, que fortalece sua imagem enquanto líder e agora sim pode sonhar com a reeleição.