Dia do beijo, do orgasmo, dos namorados, do diabo a quatro. Não seria problema algum se tais datas fossem apenas datas, como tantos outros dias menos valorizados que a gente vê por aí. Mas um surto de carência parece tomar conta de grande parte das pessoas solteiras, como se só nesses respectivos dias elas se dessem conta de que não há alguém com quem trocar beijos, com quem fazer sexo (será tão difícil assim?), com quem namorar. Até mesmo alguns dos solteiros mais convictos sentem aquela fisgada de solidão no fundo da alma... Afinal, qual é a alma que uma vez na vida não quer pertencer a outra, sem mais?
Triste mesmo é pros solteiros qualquer coisa menos convictos. O bicho pega nesses casos. Os mais sensíveis mergulham num monólogo interno e existencialista cerceado de autopiedade e vou lhes contar, hein? É muito drama pra nenhum Shakespeare vivo neste mundo... Mas não estou condenando a ninguém, pelo contrário, eu os compreendo. Já integrei este quorum de inconformados e solitários, até perceber que datas são datas. São convenções que ninguém está obrigado a concordar ou partilhar delas. Ou não deveria, em tese... A cada dia dos pais, das mães, dos namorados, das avós, os shoppings fervilham de gente. Acho meio ridículo. Aliás, destas convenções sociais, apenas os aniversários me inspiram alguma simpatia, sabem? Faz sentido que te entreguem presentes pra celebrar um ano a menos na terra. É uma bela forma de consolo.
A culpa é do sistema. Sempre é, não é? O problema é essa sociedade que vive de status quo e atribui valor a uma série de coisas, como, por exemplo, ter namorado ou namorada. Namorar é bom? É ótimo! Mas o fato de não ter a tampa da sua panela não devia te inferiorizar diante da sociedade, ou melhor, ter a panela bem tampada não devia conferir tanta superioridade. Não é tão fácil que duas almas se encontrem, se enxerguem uma na outra e se disponham a passar mais tempo que o normal juntas. Tem gente demais no mundo. O que significa também uma infinidade de critérios de ‘seleção’ (se bem que as pessoas não andam tão criativas assim nesses tempos...). O natural é que haja muita, muita gente disponível, pois! Não vou bancar a conselheira amorosa e pedir que os solteiros tenham paciência, que a qualquer esquina o amor da vida surgirá e blablabla. Não, não. Só digo que datas são datas, ponto.
Um orgasmo não é melhor no dia do orgasmo, nem um beijo é melhor no dia do beijo. Piores também não são. Continuam sendo orgasmos e beijos, coisas muito boas, aliás. Quem tem a quem beijar hoje, maravilha, beijem-se, todos os dias, porque faz bem pra saúde mental e física. Quem não tem... Continuem a fazer o que fazem todos os dias, produzam, ouçam música, vejam filmes (contanto que não sejam comédias românticas, pelo amor!).
Aí algum espertinho que chega neste parágrafo final vai e mata a charada: essa Ludmila não tem a quem beijar e quer pagar de cult! Eu tenho uma resposta universal pra você, mas a minha educação mínima não me permite ser tão rude. Até tenho a quem beijar no momento, não que isso interesse, mas não estou preocupada. Porque não é apenas uma questão de beijo, é uma questão de quem beijar, entendem? Meu último beijo não foi lá essas coisas todas, por exemplo, e antes só que mal beijada. :)
(Hoje também é o dia do jovem e do office-boy. Vamos todos beijar jovens office-boys, galera! \o/)
5 comentários:
Vou soltar o verbo. O adjunto o predicado, vou soltar é tudo.
Mulher, que malcomidisse dá porra. Falta de beijo é foda HUAHUAHUAHUA
O nome de frescura pra mim é um só: frescura. (filosófico, reflita. Reflita mesmo, por favor, pq tem gente que precisa)
Mané encontra a panela o que. Panela serve pra cozinhar. E quem é esperto assa, só os frescos cozinham, se vc está me entendendo HAUHUAHUAHUAHAUUAHHUAHUAHAU.
Se tá mal pq não tem um namorado, vá atrás de arrumar um. Se está feliz solteiro, continue solteiro.
Se a sua maior preocupação é passar o dia do beijo sem beijo, bata na porta dos primo e das prima. Eles existem pra isso, né?
Agora seje home e assuma o que vc quer, quem vc é e as decisões que vc faz na vida.
Ficar de nhenhenhem não dá, né.
E tem um conflito nessa história dos dias. Realmente é podre o fato de que muitas pessoas só pensam em homenagear os outros quando é o dia. Por exemplo, dar presente somente no dia da comemoração. Passar o ano sem falar com ela, mas falar com a pessoa no dia do aniversário.
Mas acho bonito o fato das pessoas homenagearem umas as outras, ou homenagearem eventos/momentos/acontecimentos marcantes e bonitos da sociedade, tipo do orgulho negro, ou então do orgulho de ser mulher, ou de mãe. É uma forma simbólica de vc dar valor a essas coisas. Isso eu acho bonito.
Amei o texto, ver vc revoltada me empolgafaciu HAUHUAHAUUAH
Beijinhos!
'Antes só que mal beijada'. É isso e sem mais conversinha.
Óia, só. Sabe de uma coisa? embora eu seja um bom lone wolf, não me importaria não de colocar esta data no meu calendário hehehehe.
"Mulher, que malcomidisse dá porra. Falta de beijo é foda HUAHUAHUAHUA"
Eu ia comentar, mas quando li isso no primeiro paragrafo, desisti. Não há palavras, não há argumentos, nada nesse mundo supera esse paragrafo.
HAUheuheaeehuea
Beijo do Cu
quando você disse que tinha quem beijar hoje, pediu uma pizza e beijou o motoboy.
hsiuahsiuahsiuhasiashiuahsuaihsuia
e eu sou de acordo que datas são datas.
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