segunda-feira, 2 de maio de 2011

O fim de uma odisseia (e o provável começo de outra)

Aviso prévio: este texto foi, na verdade, um exercício prático realizado hoje na aula de Oficina de Jornal Impresso 3. Não esperem grande embasamento teórico: é apenas um editorial de no máximo 20 linhas (que devo ter extrapolado, aliás).


Há quase 10 anos, este homem mostrou ao mundo a que veio. Hoje, foi anunciada sua morte. Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda e responsável pelo atentado terrorista que levou abaixo o World Trade Center e deixou mais de 3 mil mortos, foi capturado e executado nesta madrugada no Paquistão, por forças americanas, e sua morte suscita discussões tão polêmicas quanto sua própria vida o foi.

O comunicado foi proferido pelo próprio presidente americano, Barack Obama, cuja gestão herdou a guerra ao terrorismo declarada por seu antecessor, George W. Bush, e vinha carecendo de identidade política desde que a euforia por sua eleição – e suas implicações para uma nação historicamente segregada – cessou.

Obama demonstrou-se, desde o começo de seu mandato, incapaz de manter as posições firmadas com tanta veemência em sua campanha, como ilustra o caso da prisão de Guantánamo. Sua gestão vem sendo marcada por concessões que maculam a difundida tenacidade dos Estados Unidos. Somando a isso o fato de que a nação cujas rédeas tomou ainda sofria com o impacto do 11 de Setembro, que colocou em xeque o nacionalismo e credibilidade do país diante do resto do mundo; e com a maior crise econômica desde 1929, a popularidade que lhe foi tão preciosa enquanto candidato sofreu um considerável abalo.

Eis que, numa junção de útil e agradável que mais parece presente dos céus, os homens de Obama acabam com a vida do inimigo número um dos Estados Unidos da América. Sem dúvidas, foi a morte mais oportuna da década, ao menos para o já não tão popular e carismático Barack. A morte de Bin Laden simboliza não o fim do terrorismo, mas a renovação dos ânimos dos compatriotas do Tio Sam – e do presidente, que fortalece sua imagem enquanto líder e agora sim pode sonhar com a reeleição.

4 comentários:

Júlio Arantes disse...

Seu professor (o tal fã da Veja) deve ter amado o texto em questão... isso porque essa revista não teria feito nada tão apropriado ao pensamento que lhe é característico quanto o que você acaba de oferecer..

Sem mais. bjo

Ari Denisson disse...

Eita, Lud! Até o teu tchítcher entrou no bolo! Ele gosta de ler Veja? euaeueahahuae.

O recheio do último parágrafo me deixou meio confuso, mas depois deu pra entender que você não está soltando fogos pela morte — sem julgamento — do seu Osama.

ISA disse...

Osama por Osama. Bem ou mal, extremamente oportuno, como vc disse.

Daqui a pouco a Veja vai dar um jeitinho de relacionar a morte de Osama ao PT.

Ludmila disse...

HUHAUHUEHUAHUHEUHAUHUEH

duvido nada.
Vão comparar a guerrilha da Dilma ao terrorismo do Osama.

Em 3, 2,...